sexta-feira, 23 de fevereiro de 2018

Chateau La Tour Carnet 2007: Prontinho!

Chateau La Tour Carnet 2007: Gran Cru Classé Quatrième Cru da classificação de 1855, produzido por Bernard Magrez. O corte deste 2007 leva Merlot (60%), Cabernet Sauvignon (31%) e Cabernet Franc (9%). Tem uma cor rubi bonita e aromas florais, de framboesa, cassis, tosta e baunilha. Com o tempo, notas de tabaco foram surgindo. Em boca se mostrou muito macio, com taninos devidamente arredondados pelo tempo. Boa acidez e final médio, com notas de alcaçuz. Vinho bem gostoso, já prontinho para ser apreciado. Redondinho! Boa pedida, Thiagão!



quarta-feira, 21 de fevereiro de 2018

Domus Aurea 2008: Outro belo exemplar de um dos meus vinhos chilenos preferidos!

Domus Aurea 2008: Este vinho é um dos vinhos chilenos que mais aprecio. Não é vinho que se rende aos modismos. Tem seu jeito próprio, que me agrada bastante. Domus Aurea significa "Casa de Ouro". É um vinho do Maipo, da Quebrada de Macul, feito com uvas colhidas e selecionadas a mão. Este 2008 possui pitadas de Merlot, Cabernet Franc e Petit Verdot, e passou 20 meses em barricas. Com 10 anos nas costas, mostra muita vivacidade. Ao nariz, mostrou aromas de cassis, ameixa preta, azeitonas, eucalipto e curry, em um fundo terroso. Em boca, ótimas acidez e taninos devidamente arredondados. O final era longo, especiado e mineral. Com o tempo, foram surgindo notas de café e alcaçuz, muito gostosas. Um grande vinho, sem dúvida alguma! Continua sendo um dos meus preferidos. Pena que seu preço tenha subido tanto, acompanhando também a subida de outros tantos tops chilenos.
Veja aqui outros Domus Aurea que pintaram aqui no blog.


terça-feira, 20 de fevereiro de 2018

Queijo Canastra Real Capim Canastra: Uma beleza!

 Esses dias meu querido irmão André me enviou uns queijos lá de nossa querida Minas Gerais, e dentre eles, um belo pedaço de um Canastra Real da Estância Capim Canastra. Tempos atrás postei aqui sobre alguns queijos da Canastra, e há mais tempo ainda (nos saudosos tempos do Ciao Bello), sobre um Canastra Real (clique aqui). Mas olha, este Canastra Real Capim Canastra é algo de se tirar o chapéu. Segundo o André, tem maturação de 6 meses. Eu não achei mais informações sobre ele. Vejam a bela casca e cor do danado! A textura é muito boa, tipo parmigiano, e os aromas fortes, encorpados. Massa muito gostosa, levemente arenosa, e sabores deliciosos, fortes, ricos e muito persistentes. Excelente! De dar inveja em muitos queijos importados por aí... Para acompanhá-lo, nada de cerveja fraca. Ele pede cervejas encorpadas, com mais presença. Se for para o vinho, esqueça branco leve. Eu acho que ele ficaria bem com vinhos tipo "Laranja" ou brancos mais amadeirados. Nos tintos, escoltaria bem um Brunellão ou Amarone. Vejam as fotos do pedaço do danado perto de um Canastra normal, que tem por volta de 1 kg. Valeu, meu irmão! Queijo bão! Aliás, muito bão!
Extrapolem para imaginar o tamanho do danado inteiro... Uma peça de Canastra Real tem, geralmente, de 5 a 6 kilos
Foto de internet, comparando o Real com o Canastra normal, à direita

segunda-feira, 19 de fevereiro de 2018

Cortes de Cima Reserva 2011: Que vinhão!

O Paul não brinca em serviço. Quando o negócio é vinho português então, o cidadão pega pesado. E este Cortes de Cima Reserva 2011 está aí para provar. Este vinho só é produzido em safras excepcionais, como a 2011. Ele é feito com Aragonez (40%), Syrah (35%), Touriga Nacional (15%) e Petit Verdot (10%). As uvas são submetidas a uma maceração longa com as películas, o que dá estrutura tânica ao vinho. A maturação é feita por 14 meses em barricas novas de carvalho francês. A produção deste 2011 foi pequena (apenas 9900 garrafas), como em outros anos. Só para ter uma ideia, ele ganhou 95 pontos da Decanter, 95 do Anibal Coutinho, 94 do Mr. Parker e 18 (em 20) da Revista de Vinhos. Mas vale citar uma injustiça: Nenhum Cortes de Cima Reserva ganhou, até o momento, mais de 89 pontos da Wine Spectator. Não dá para acreditar! Este 2011 é um vinho enorme. Cor granada, viva, bem bonita. Ao nariz, notas florais, de frutas como framboesa e cereja, em meio a notas sanguíneas, minerais, mentoladas, baunilha e especiarias. Em boca, muita vivacidade aportada por uma acidez vibrante e boa mineralidade. Os taninos são finos e o final longo e com toques minerais e de tabaco. Um grande vinho, muito fresco e vibrante, com grande aptidão gastronômica. Este 2011 poderia durar ainda muitos anos, mas pode ser apreciado agora, com muito prazer. O Paul insistiu e eu tive que levar um pouco que sobrou na garrafa para casa. Mandei um vacunvin e deixei na geladeira, até beber no terceiro dia, uma sexta-feira à noite. E que maravilha estava! Para mim, até melhor que no primeiro dia. Tudo ficou ainda mais integrado, e o vinho ficou bem sedoso. Isso indica que ele teria uma bela evolução na adega. Bem, esse não...rs.






quinta-feira, 15 de fevereiro de 2018

Só vinhões em festa no JP: Vega Sicilia Único 1999, Brancaia IL Blu 2010, Chryseia 2012, Côte Rôtie Duclaux La Germine 2010, Don Maximiano 2009, Incógnito 2011, La Rioja Alta GR 904 2004, Quinta Vale D. Maria 2010, Vallado Reserva 2008 e um Royal Tokaji para arrematar!

Já faz um tempinho que rolou esta festa na casa do JP, mas sempre é tempo para relatar os vinhos que rolaram. E não foram quaisquer vinhos. Só vinhaços! O anfitrião, que adora um Vega Sicilia (e nós também, claro...), mandou ver em um Vega Sicilia Único 1999. Este já pintou aqui no blog tempos atrás (clique aqui). Um vinhaço, como sempre. Aromas de cereja preta, leve baunilha, curry e terrosos. Em boca, elegância típica de um Vega, intensidade na medida, taninos sedosos e final interminável. Uma maravilha! Continue assim, JP! No centro da foto maior, no meio de outros dois grandes.


Descreverei aqueles que estão apenas na foto maior, e abaixo, aqueles que têm fotos individuais. Não me lembro quem levou o Don Maximiano 2009, que já pintou aqui no blog duas vezes (clique aqui) e dispensa comentários. O Paolão levou o Quinta do Vallado Reserva 2008, que estava uma beleza! Aromas de framboesa e kirsch, em meio a chocolate e café. Em boca, muito elegante e macio, com tudo em cima. Os taninos redondinhos e o final longo e com notas de café. Uma beleza! Sou fã do Vallado Reserva.
Também não lembro quem levou o Quinta do Vale D. Maria 2010. Bebemos algumas vezes este vinho, que sempre agrada. Vinho de cor escura e aromas de amoras e framboesas em compota, chocolate amargo, café amargo e notas minerais. Em boca, intenso, denso, com taninos finos e fundo mineral. Este é outro que sempre agrada a turma da confraria. 

Chryseia 2012 levado pelo Tonzinho. Surpreendeu-me este vinho pelo frescor e mineralidade. Aromas de amoras, cacau e minerais. Em boca, intenso mas com ótima acidez, que lhe aportava frescor. Os taninos firmes ainda pedem tempo, mas são de grande qualidade. O final era longo e mineral, com notas de cacau. Um vinhão, de uma safra sombra da 2011, mas que gerou um Chryseia de estirpe. Gostei bastante!

O Joãozinho levou um que eu havia recomendado que comprasse em uma viagem sua. Um ótimo Brancaia Il Blu 2010. Vinho de grande produtor e de bela safra. Sangiovese 50%, Merlot 45% e Cabernet Sauvignon. Aromas de cereja, kirsch, alcaçuz e notas amadeiradas. Em boca, fruta viva, ótima acidez e picância. Os taninos ainda estavam jovens e demandavam tempo. Vinho  ótimo, mas para envelhecer.

Este Benjamin e David Duclaux Côte-Rôtie La Germine 2010 foi levado por este que vos escreve, em homenagem ao JP, que gosta de Côte-Rôtie (alguém não gosta? rs). Um belo vinho, com aromas florais e de frutas silvestres, em meio a um toque apimentado e notas minerais. Em boca, repete o nariz e mostra bela acidez e mineralidade. O final é longo e especiado. Uma delícia, da grande safra de 2010. Ganhou justos 93 pontos da Wine Spectator.

Opa! Coisa grande: Incógnito 2011! Adivinhem quem levou? Isso mesmo, Paul, o Rei dos Portugueses! Um vinhaço, cheio de vida, aromas envolventes de amoras, florais, cacau e especiarias. Em boca uma explosão de frutas e frescor. Final longo, com notas picantes e taninos ainda por arredondar. Syrah que ainda está nervoso. Eu beberia com 10 anos de idade. Mas obviamente, já dá enorme prazer agora. A Wine Spectator lhe deu apenas 88 pontos. Pois é, incongruências.

La Rioja Alta Gran Reserva 904 2004: Que maravilha! Este é um querido da confraria. Mas não é por menos. Ele é sempre delicioso, em qualquer safra. E quando a safra é excepcional, fica ainda mais evidente sua grande qualidade. Este 2004 está uma beleza. Aromas de cereja, caixa de charuto, casca de laranja, baunilha e outras especiarias. Em boca, belíssima acidez cítrica e taninos sedosos. Elegante e muito persistente. Grande vinho! Tenho ainda que postar sobre o 2005 e 2007...
Ah, para arrematar a festa, ainda apreciados duas garrafinhas de Royal Tokaji 5 Puttonyos 2009 e um Taylor's Porto 10 anos, por que ninguém é de ferro. 




quarta-feira, 14 de fevereiro de 2018

Domaine du Clos Naudin Vouvray Demi-Sec 2009: Bão demais!

Domaine du Clos Naudin Vouvray Demi-Sec 2009: Vinho orgânico do Vale do Loire, produzido por Philippe Foreau. Cor bonita,  amarela brilhante, e aromas ricos de damasco fresco, mamão, anis e favo de mel. Mudava com o tempo, oferecendo uma paleta de aromas muito rica. Em boca, ótima acidez equilibrando o dulçor.  Final longo, mineral e com toque de anis. Uma delícia! Chenin blanc demi-sec bom para acompanhar queijos de massa mole e também camarão e lagosta. Deve ser bom também com aves ou pratos de comida oriental condimentados.  Sem contar, claro, que deve escoltar bem sobremesas como tortas de abacaxi, cheese cake de damasco etc. Beleza de vinho! Que pena que comprei só uma garrafa. Logo abaterei o seu irmão Moelleux, do mesmo ano. A pergunta que sempre me faço: Por que os vinhos do Vale do Loire são ainda tão pouco apreciados no Brasil? A propósito, comprei na Decanter.




terça-feira, 13 de fevereiro de 2018

Angelica Zapata Chardonnay Alta 2013: Tropical!

Angelica Zapata Chardonnay Alta 2013: Chardonnay de cor citrina e aromas de frutas tropicais, abacaxi, manga e mamão, com mel ao fundo. Em boca é untuoso, mostra notas amanteigadas e muita fruta tropical. Um Chardonnay moderno, mais encorpado e para acompanhar comida, como uma boa posta de bacalhau. Um bom vinho e com seu público, claro. Mas eu, particularmente, tenho preferência por Chardonnay mais leve, fresco e mineral...



Tarapacá Gran Reserva Cabernet Sauvignon 2014

Tarapacá Gran Reserva Cabernet Sauvignon 2014: Fazia tempo que eu não abria um deste. Sempre o achei tradicional e de boa relação preço qualidade. E este, em particular, ganhou recentemente 91 pontos da Wine Spectator. Mas pelo menos esta garrafa, não me agradou. Ao ser aberta mostrou aromas de cassis e cereja preta, em meio a alcaçuz, cacau, eucalipto e notas amadeiradas. Em boca, apesar da boa estrutura, se mostrou nervoso e a madeira me incomodou um pouco, assim como os taninos ainda carecendo de tempo. Não melhorou com tempo em taça. Resolvi então deixar na geladeira para beber no outro dia e ver se o danado acalmava um pouco. Piorou. Surgiram umas notas herbáceas e meio amargas que me incomodaram mais ainda. Bem, é isso. Será que dei azar com a garrafa?

segunda-feira, 12 de fevereiro de 2018

Terra d'Uro 2011: Toro, é Toro!

Terra d'Uro 2011: Vinho produzido pela Hacienda Terra d'Uro, vinícola que é um projeto de Oscar Garrote, Pipa Ortega e o português Cristiano Van Zeller, craque de primeiro time. O vinho é feito com uvas do vinhedo Finca La Coscojosa, que é de baixa produção e possui mais de 90 anos de idade. Tempranillo (Tinta de Toro) 100% com maturação por 20 meses em barris de 500 litros de carvalho francês. Vinho com notas florais e aromas de cereja preta, casca de laranja, algum herbáceo e baunilha. Em boca é denso, mostra ótima acidez, toque licoroso e final longo e especiado. Os taninos são firmes e em camadas. Vinho perfumado, aromático, intenso, delicioso! Ao ser aberto é um pouco temperamental, mas em pouco tempo mostra a que veio, ou seja, alegrar o feliz bebedor! Recomendo uma horinha de decanter. Comprei em uma ótima promoção da Wine, e peguei algumas garrafas na confiança, pois já havia lido boas recomendações sobre ele. A Wine Spectator, por exemplo, lhe tascou merecidos 93 pontos e muitos elogios. Infelizmente, não tem mais no site da Wine. Acho que apenas seus irmãos Finca La Rana e Selección (que também devem ser bons). Tomara que volte a ser disponível, pois é muito bom o danado! Mais um belo vinho de uma região que muito me agrada.



sexta-feira, 9 de fevereiro de 2018

Na cozinha do Tom: Giramonte 2006, Quinta Vale D. Maria 2006, Calcu Futa Cabernet Sauvignon 2009, Monte dos Cabaços Reserva 2010, Sophenia Synthesis Malbec 2014, Cadus Blend of Vineyards 2012, Pelter Cabernet Shiraz 2015 e Churchill's Estates 2011!

O Tonzinho reabriu a cozinha e fez aqueles seus famosos assados para acompanhar os vinhos levados pela turma. Além disso, abriu a sessão com aquele que foi (disparado) o melhor da noite: Giramonte 2006! Este grande vinho já pintou aqui no blog duas vezes (clique aqui) e não preciso gastar muitas linhas com ele (embora seja merecedor). Depois dele, mostro os outros vinhos da noite, na ordem de minha preferência.
Giramonte 2006: Melhor da noite, com folga! Um supervinho feito com Merlot (87%) e Sangiovese. Foram 97 Pontos da Wine Spectator e nas costas a responsabilidade de ter batido Merlots grandiosos em uma degustação às cegas em São Paulo. Bem, ele é um (majoritariamente) Merlot grandioso também...rs. A dizer, apenas que continua grande e parece melhorar a cada ano. Uma maravilha!
Quinta Vale D. Maria 2006: Levado pelo Cássio, que pensava que o vinho já estava indo... Ledo engano! O vinho está em sua melhor forma! Um dos melhores Vale D.Maria que bebi! Ao nariz, frutas silvestres, especiarias (cardamomo, ervas) e notas terrosas.  Com o tempo foram surgindo notas mentoladas muito agradáveis. Em boca, acidez aportando ótimo frescor, mineralidade pungente e taninos sedosos. Final longo e especiado. Mais seco que de outras safras. Uma beleza!
Calcu Futa Cabernet Sauvignon 2009: Levado pelo Rodrigo. O nome, em língua indígena chilena, significa "magnífico". Foi elaborado pelo francês Jacques Boissenot (falecido em 2014). O enólogo foi consultor de grandes Chateau, como Latour, Lafite, Mouton e Margaux. O vinho foi, para mim, um dos melhores da noite, só atrás do Giramonte e alí pertinho do Quinta Vale D. Maria. Tem cor bonita e aromas de cassis, leve eucalipto e minerais. Em boca, ótimo frescor e taninos finos. Final longo e mineral. É um chileno diferenciado, elegante e sem aquele pimentão exagerado, comum em tantos conterrâneos seus. Às cegas, lembra Bordeaux. Apreciável agora mas aguenta tranquilamente mais alguns anos de adega. Uma grata surpresa. Agradou a todos.
Monte dos Cabaços Reserva 2010: Alentejano de primeira levado pelo Paulinho, Rei dos Portugueses! É feito com Touriga Nacional, Alicante Bouschet e os antigos tinham também pitadas de Cabernet Sauvignon e Syrah. Não sei se este 2010 também tem. A enóloga é famosa e competente Susana Esteban. Vinho de categoria, com aromas florais, de fruta madura, amadeirados e especiados. Em boca, ótimo frescor e taninos redondos. Não acusa os 8 anos de idade. Ótimo vinho!
Sophenia Synthesis Malbec 2014: Malbec típico, levado pelo Joãozinho. Aromas florais, ameixas, cerejas e especiarias. Em boca, repete o nariz e mostra aquelas notas mais doces da casta, com um final achocolatado. Para os fãs do estilo.
Cadus Blend of Vineyards 2012: Levado pelo JP. Aliás, é a segunda vez que leva este vinho (clique aqui). Portanto, não preciso comentar. No entanto, achei a outra garrafa melhor que esta, que estava muito doce para o meu gosto. Fiquei na primeira taça.
Pelter Cabernet Shiraz 2015: Vinho Israelense levado pelo Thiago. Cor clara e aromas de framboesa e cereja, em meio a alguma especiaria doce. Em boca, corpo leve, taninos discretos e final adocicado. Carece de frescor e mais estrutura.
Churchill's Estates 2011: Levado por este que vos escreve, pela segunda vez. Na outra (clique aqui), achei bom, mas extraído e um pouco enjoativo. Agora piorou. Não justifica os 93 pontos da Wine Spectator. Fim da fila para ele.

A turma reunida.



























quinta-feira, 8 de fevereiro de 2018

Errazuriz Max Reserva Merlot 2013: Confiável!

Errazuriz Max Reserva Merlot 2013: Vinho sempre confiável da vinícola chilena. Não é grande, mas muito honesto e bem feito. Aromas de cereja preta, cassis, tostado e baunilha. Com o tempo, surge um toque de tabaco. Em boca, repete o nariz, mostra boa acidez e taninos redondos. Vinho com boa estrutura, que desce fácil e acompanha bem uma carne ou massa. Pelo preço que paguei em oferta na antiga importadora, está OK!



quarta-feira, 7 de fevereiro de 2018

Marques de Riscal Reserva 2013: Sempre Riscal!

Falar do Marques de Riscal é chover no molhado. O vinho é sempre confiável e nunca faz feio em uma mesa, mesmo frente a vinhos mais caros. Falam dos vinhos para comprar de caixas, e este é um deles. Este Marques de Riscal Reserva 2013 não foge à regra e mostrou mais uma vez a qualidade deste vinho. Aliás, está até melhor que alguns de safras anteriores. Ele mostra boa fruta ao nariz, com notas de cereja e ameixa, em meio a notas cítricas, tostadas, baunilha e outras especiarias. Em boca é bem macio, sedoso, com boa acidez e taninos já redondos pela pouca idade. O tempo deve suavizar a baunilha e agregar complexidade ao danado. Beba uma garrafa agora deste 2013 e guarde algumas para ir apreciando a cada ano. Gostei dele.

terça-feira, 6 de fevereiro de 2018

Faustino I Gran Reserva 1994: Ainda muito bom!

Meu amigo Paolão sempre me liga quando abre um vinho de categoria. Diz que precisa dividir a felicidade com um amigo. Bela atitude! E quando isso acontece, eu, que não sou bobo nem nada, saio correndo para a casa dele para ver do que se trata. E desta vez era um Faustino I Gran Reserva 1994. As Bodegas Faustino se gabam de serem os primeiros exportadores de grandes reservas de Rioja e de produzirem alguns dos riojanos mais consumidos no mundo. Dizem que o Faustino I é o Gran Reserva mais vendido do mundo, correspondendo a 40% das vendas dos vinhos em sua categoria. São mais de 150 anos de história desta bodega localizada na Rioja Alavesa. Este Faustino I Gran Reserva 1994 foi feito com 85% Tempranillo, 10% Graciano e 5% Mazuelo, com maturação por 28 meses em barricas de carvalho francês e americano. A cor do vinho ainda é granada escura, brilhante, embora já possa ser notado halo de evolução. Os aromas são elegantes, com notas de cereja, canela, tabaco, couro e notas terrosas. Em boca mostrou-se muito sedoso, elegante, sem arestas. A acidez ainda lhe garante frescor, mas acho que este 1994 alcançou o máximo de sua longa vida. No entanto, ainda há no mercado exemplares de 1964 e 1970, que dizem estarem ainda muito bons. Os taninos deste 1994 estão devidamente arredondados e o final é longo e com toques de tabaco e canela. Delicioso o vinho! Tomamos acompanhado de algumas lascas de jámon e queijo, mas ele iria bem com carne de cordeiro. Continue me chamando para outras dessas, Paolão!!! Ah, vale citar que a bonita garrafa  jateada é um caso à parte.





segunda-feira, 5 de fevereiro de 2018

Perez Cruz Cabernet Sauvignon Reserva 2015: 95 pontos, Decanter?

Perez Cruz Cabernet Sauvignon Reserva 2015: A revista Decanter de vez em quando (parece que agora, de vez em sempre...) está atribuindo notas exageradas para alguns vinhos mais simples. É o caso deste Perez Cruz CS 2015, que recebeu medalha de Platina e 95 pontos, com a designação de Best Value. Esta última, até não discuto, pois o vinho tem mesmo bom preço (ou tinha, quando paguei pouco mais de 50 pilas* - Já subiram! Efeito Decanter). E ele também tem boa qualidade. É um Cabernet Sauvignon típico chileno, com as notas de cassis e pimentão, em meio a menta, baunilha e outras especiarias. Também é  bom em boca, com boa acidez, bom final e taninos já redondos. Bem correto e agradável o vinho, e isso, não questiono. Mas me pergunto: Se ele ganhou 95 pontos, quanto ganharia seu irmão maior, Pircas de Líguai, que, para mim, é bem superior? A propósito, a benevolente Wine Advocate lhe atribuiu 90 pontos, assim como o Guia Descorchados. Boa diferença, não?

*Nota: Vi que está com preço similar ao que paguei na Bacco's  e Viavini. Vale experimentar. 

Riglos Gran Corte 2014: Novo, mas com futuro!

Eu gosto dos vinhos da vinícola argentina Riglos. Tempos atrás bebemos o Riglos Gran Corte 2009 e ele fez sucesso. Ele tinha a Malbec como uva majoritária em meio a 25% de Cabernet Sauvignon e uma pitada de Cabernet Franc. Este Riglos Gran Corte 2014 tem um corte que me agrada bem mais: Quantidades praticamente iguais de Malbec, Cabernet Sauvignon e Cabernet Franc. Para mim, isso dá mais nervo e complexidade para o vinho, que tem o dulçor da Malbec equilibrado pelas Cabernets. A produção é pequena, apenas 7105 garrafas e o vinho matura 21 meses em barricas novas de carvalho francês. O vinho tem aromas de amoras, cacau, café e notas minerais. Em boca ainda está nervoso. Tem boa estrutura, mostra boa acidez e taninos firmes, ainda por arredondar. O final é longo e mineral. Ele precisa de tempo. Se for beber agora, demanda 1-2 horas de decanter. Eu beberia depois de 2020. Bordeaux-like. 



domingo, 4 de fevereiro de 2018

Colares Adega Viúva Gomes Reserva 1965: Uma experiência única!

O meu amigo Akira me disse, há algum tempo, que havia me trazido um vinho de Portugal de presente. E que era algo especial... Ao receber o presente, não tive dúvida, saca-rolhas nele imediatamente! Era um português Colares Adega Viúva Gomes 1965! Eu tinha muita curiosidade para conhecer este vinho tradicional de Portugal. 
A região demarcada de Colares é caracterizada pela exposição a ventos, nevoeiros matinais e solos arenosos com vinhas em pé-franco. As suas vinhas resistiram ao ataque da filoxera, pelo solo arenoso e pela profundidade de suas raízes, que chegam a mais de 8 metros. A região foi demarcada em 1908, sendo a segunda mais antiga de Portugal. Ela se localiza numa zona de dunas, no litoral de Sintra, entre a serra e o oceano Atlântico. A área cultivada antigamente era bem maior, mas atualmente, parece que apenas 25 hectares são cultivados. As castas principais da região são a Ramisco para os tintos e Malvasia, para os brancos. A característica comum, para tintos e brancos, é a longevidade! São vinhos amigos do tempo! A casta Ramisco é conhecida pela grande acidez natural, o que deve contribuir para a longevidade de seus vinhos. A Adega Viúva Gomes produz vinhos em Colares desde 1808 (ver foto da sede, abaixo). Este Colares Adega Viúva Gomes Reserva 1965, segundo o site da vinícola, foi feito com 95% Ramisco (não sei o restante). Fiquei com medo ao abrir, pois a rolha estava escura e um pouco frouxa. Mas o vinho, estava perfeito! A cor pode ser vista em foto que coloco abaixo. Forte para um vinho desta idade. Ao nariz, lembrava castanha portuguesa cozida, em meio a notas terrosas, frutas secas e notas amadeiradas. Em boca repetia o nariz e mostrava muita maciez, com uma textura levemente licorosa. A fruta já dava lugar a outras características, mas ainda sobrava um fundinho de cereja em licor, ou algo assim. É um vinho senhorío, muito elegante! Dizem que os mais novos também têm características parecidas. Quero beber um dia para comparar. O fato é que o vinho é uma experiência única, pela idade e pelas características peculiares. Eu gostei muito! Obrigado, Akira!

Nesta foto dá para ver a safra do danado, próximo ao gargalo... Este ano é bom!!!!

E para quem esperava um vinho clarinho, ou cor de tijolo pelos mais de 50 anos, se enganou. A cor é incrível para um vinho desta idade. 
Fachada da Adega Viuva Gomes



sábado, 3 de fevereiro de 2018

Matando as saudades: Santa Helena Selección Del Directorio 2013

Santa Helena Selección del Directorio Cabernet Sauvignon 2013 - Acho que o último que bebi desta linha ainda tinha o rótulo antigo, meio bége, que aliás, eu achava mais bonito. Eles frequentaram bastante as minhas taças  uns bons anos atrás, e me trazem lembranças de momentos, pessoas e lugares. Tenho certeza de que eles também fazem parte da memória de muitos leitores do blog. Vinho é assim, independente das mudanças de nossos paladares. Os Selección del Directorio sempre foram carregados na madeira, mas com grande potencial de envelhecimento e bons para acompanhar uma carne.  Este Santa Helena Selección Del Directório Cabernet Sauvignon 2013 me foi regalado por mi hermano cubano, Ariel, que ahora vive en Chile... No primeiro dia o vinho tava nervoso, com madeira presente e álcool também dando o ar da graça. A fruta tava lá, com notas de cassis bem marcantes. Mas o vinho foi ficando bom mesmo depois de uns dias. Guardei na geladeira com o vacunvin e fui bebendo ao longo da semana. No último dia, lá pelo quinto, é que estava bom! Macio, redondo, com a madeira não aparecendo tanto, assim como o álcool. Descia redondo e fez par perfeito para uma picanha assada. Um vinho de 5 anos e que parecia um bebê... E pelo que mostrou no "envelhecimento forçado" na geladeira, teria muitos anos pela frente. Pois é, vinho é assim... Muitas variáveis. 



Champagne Vollereaux Brut Rosé de Saignée: Seco e fresco!

Geralmente os Champagne Rosé são feitos por blending com vinho tinto da Pinot Noir com um vinho branco. Isso dá mais controle e reprodutibilidade da cor. Por outro lado, alguns Champagne Rosé são feitos pelo método da sangria ("Saignée"), no qual a uva é macerada com a casca para extração de cor e compostos que agregam complexidade ao vinho. Este método é mais delicado e menos reprodutivo, pois o enólogo tem que observar muito bem o momento de fazer a sangria. No entanto, costuma gerar vinhos de bela cor e ótima complexidade. É o caso deste Champagne Vollereaux Brut Rosé de Saignée, que comprei a um ótimo preço na Chez France tempos atrás. O vinho tem uma bela cor, lembrando suco de groselha, límpida, e borbulhas finas e constantes. Os aromas são de morango, toranja, panificação e minerais. Em boca mostra complexidade e grande frescor, com final seco e mineral. Apesar de poder ser bebido solo, é um Champagne mais apropriado para acompanhar comida, e o fez muito bem. Gostei muito, ainda mais, considerando a relação custo/qualidade. Aliás, o preferi ao seu irmão branco. Espero que volte a ser disponível na Chez France logo. Recomendo!






sexta-feira, 2 de fevereiro de 2018

Covela Reserva tinto 2012: Muito bom!

A Quinta da Covela, ainda que centenária, renasceu apenas recentemente, após 2011. A Quinta pratica agricultura biológica e as fotos da propriedade são muito bonitas! Este Covela Reserva tinto 2012 é feito com Touriga Nacional cortada com Cabernet Sauvignon e Merlot. A maturação ocorre por 17 meses em barricas de carvalho francês. O vinho é complexo ao nariz, com notas florais, de amoras, cassis, cedro e especiarias. Em boca é mineral e intenso mas com ótima acidez, que lhe aporta frescor e vivacidade. Tem um lado picante bem interessante. Os taninos são firmes e o final longo e amadeirado. O vinho é classudo, com muita presença. Ia deixar este 2012 mais tempo na adega, mas notei um certo vazamento na cápsula e fiquei com medo. Mas quando abri o vinho, a rolha estava perfeita. Vai saber... O fato é que aguentaria ainda uns bons anos. Para beber agora é bom decantar. Ótimo vinho! Aliás, é o segundo que bebo da vinícola. O outro foi um branco, que ainda não descrevi aqui. Mas que estava muito bom também. Os vinhos Covela são importados pela Winebrands